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novembro 16, 2012

Se

Minha vontade era poder escrever algo simplesmente genial. Utilizar-me das mais profundas figuras de linguagem para expressar uma coisa que, na verdade, é outra. Ninguém mais entenderia. Loucos esforços se fariam para produzir diversas interpretações, e apenas eu saberia apontar a mais próxima da correta.
Queria falar de meus delírios, de modo metafórico. Queria tirar conclusões, sem provocar reações. Não há uma fórmula de aplicação para isso. Se houvesse...
Enquanto não há, deixo-me levar apenas pelas ondas do pensamento. É uma crise. Palavras fluem silenciosas para falar de uma dor que é indecifrável. Sentimento que não se descreve.
Se pudesse, eu diria que me sinto estranha quanto às ocorrências. É alegria, tristeza e incerteza. É tudo, é nada e é ruim.
Eu diria que a confusão me abate. Diria que as lágrimas rolam. Está escuro, não parece haver luz adiante... Deus! Se pudesse, eu diria.