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dezembro 22, 2014

Algo a Dizer

I've got something to say, it's been one of those days when I'm finding it hard to believe in You. I've got something to say... I've forgotten how to pray. And I'm finding it hard to believe the Truth. Starfield

Dia desses uma palavra invadiu-me a mente. Era pretensiosa, apresentou-se como o ponto de partida para novas palavras, então sumiu. Apagou-se da minha memória e agora não lembro que palavra era. A despeito disso, a palavra me deixou uma inspiração. Não uma inspiração sublime, da qual resultará uma belíssima reflexão ou qualquer coisa relevante, mas um triste desejo de te falar das coisas que estão em meu coração. E aqui estou.
Sabe, há semanas que venho tentando adotar uma postura indiferente em relação àquele velho sentimento de rejeição. Não tem sido fácil. Eu ainda me importo, e esta importância ainda dói. Sinto como se todos os que realmente me conhecem (e os que já viram o suficiente das minhas piores falhas) desejassem a minha ruína ou metamorfose. E como se todos os que ainda nutrem qualquer sentimento afetuoso por mim não fossem capazes de mantê-lo seguro depois de um real confronto com aquilo que eu sou. É um sentimento terrível, egocêntrico e doloroso, que me corrói até a alma e me destrói, mas é real.
Por isso a solidão me enlouquece. Minhas necessidades são sobrenaturais. Não há alguém tão irrepreensível que possa verdadeiramente amar alguém assim. Nem o meu próprio corpo tolera mais as minhas lágrimas. Ele protesta furiosamente com surtos de enfermidades respiratórias contra o meu choro. Para onde eu irei? Sei que em ti está a minha resposta, e ainda é como se eu estivesse em uma crise de fé. Tenho achado difícil crer na verdade. Mas eu espero que tamanha clareza tenha sido o suficiente para esboçar um clamor, uma vez que não consigo fazê-lo coerentemente de forma oral. Meus olhos veem os montes... É de lá que virá o meu socorro. Aquietar-me-ei, portanto. E esperarei em ti.