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maio 10, 2013

Amor maltrapilho

Palavras más, que me fogem em meio à tristeza. Por que são tão cruéis? Calam-se indiferentes e abandonam-me com as lágrimas pueris. Inacreditavelmente abatida neste vazio perturbador. Poderia, tal tristeza, inspirar-me belos versos? Onde está a beleza do pesar? Pergunto-me: Que ilusão tão intensa fez-me acreditar na doçura inabalável da paixão? Ou, ainda, crer que a sensatez da espera me isentaria dos ferimentos banais? Nem só de suspiros e sorrisos se faz o amor, moça boba. Todos os sonhos esvaem-se um dia. Apenas o amor permanece: Este amor doce e maltrapilho, que não conhecia ainda.